Com previsão de episódios de geada e neve mais intensos do que os registrados no ano anterior.
Preparem os agasalhos e o cafezinho
O início de 2024 nos países do Hemisfério Norte está sendo marcado por uma onda de frio intensa, com nevascas e temperaturas que chegaram a −30ºC. O fenômeno preocupa especialistas e levanta uma dúvida: será que o inverno brasileiro também terá extremos climáticos, assim como o verão?
A neutralidade do início da estação indicará movimentações das massas de ar polar, representando um risco, especialmente para a agricultura. Embora a frequência desses eventos não seja alta nesta fase, há potencial para quedas acentuadas de temperatura e formação de geadas, o que pode impactar áreas sensíveis.
Em relação à onda de frio intensa nos países do Hemisfério Norte, o meteorologista Vinicius Lucyrio, da Climatempo, esclarece que os brasileiros não precisam se preocupar com algo semelhante. Esse fenômeno ocorre devido à expansão do vórtice polar, uma área de baixa pressão atmosférica repleta de ar gelado no Ártico. Conforme essa massa de ar se desloca para regiões mais ao Sul, como os Estados Unidos, ela é aquecida pela temperatura dos oceanos, perdendo suas características polares. Isso torna improvável que o Brasil enfrente invernos tão rigorosos. Embora ondas de frio possam ocorrer, elas não serão tão intensas quanto nos EUA. O aquecimento global intensifica extremos climáticos, e a transição rápida de fenômenos, com o fim do El Niño e a aproximação da La Niña, pode trazer momentos de queda acentuada da temperatura no inverno de 2024.
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