Uma soldado também foi presa durante a confusão
Uma briga em um bar no bairro Vale do Bom Jesus, na cidade de Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, terminou com dois policiais militares, sendo uma mulher e um homem, presos entre a noite de sábado (27 de abril) e a madrugada desse domingo (28 de abril). Os militares, que estavam embriagados, conforme o boletim de ocorrência, teriam agredido clientes de forma aleatória e o soldado, de 25 anos, teria atirado contra a cabeça de um homem.
A briga iniciou após discussão pelo fato de carros em fila dupla atrapalharem a saída de pessoas do local. Existem duas versões para a história. Os militares envolvidos alegam ter sido agredidos e, por isso, reagiram. Já algumas testemunhas, contam que os policiais teriam iniciado as agressões com coronhadas em “clientes aleatórios” após se irritarem em função da fila de veículos. Além das coronhadas, o policial teria acertado um tiro na cabeça de um homem de 52 anos, seguido a série de agressões a outros frequentadores antes de fugir.
Além do homem baleado na cabeça, a Polícia Militar registrou outras três vítimas no boletim de ocorrência, sendo uma mulher com lesões na cabeça e no ouvido, e dois homens com lesões na cabeça e na bochecha devido a coronhadas e agressões. O estado mais grave era o do homem baleado, que foi socorrido para o Hospital de Sete Lagoas, onde ficou entubado.
A tia do policial relatou que a briga começou após uma mulher de cabelo azul agredir a soldado que estava com o sobrinho dela. O soldado foi localizado e preso na casa da avó dele. Ele relatou que além da agressão à colega, três homens teriam tentado agredi-lo, sendo que um teria feito menção de sacar arma de fogo da cintura. Para se defender, ele então pegou a arma da amiga e, nas palavras dele, deu “dois disparos no rumo do chão”.
Com a orientação do advogado, o militar pediu para registrar no boletim de ocorrência que sofreu por parte da equipe policial que o encontrou na casa da avó “abordagem truculenta, foi algemado para trás e pisoteado, além de receber chutes no peito mesmo após ter se identificado como policial”.
A soldado também relatou ter sido agredida pelos colegas de profissão, no momento que foi presa. Sobre a confusão no bar, ela sustenta uma versão de que o soldado que a acompanhava levou socos antes de pegar a pistola que estava na cintura dela e efetuar dois disparos “em direção não sabida”.
A arma usada pelo militar durante a confusão foi apreendida. Os dois soldados estão presos na sede da 6ª Cia Independente, em Esmeraldas.
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