O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro converteu a prisão em flagrante de Erika de Souza Vieira Nunes em preventiva (sem prazo para terminar) após audiência de custódia nesta quinta-feira (18), na Casa de Custódia de Benfica, na zona norte da capital fluminense.
Erika, 43, foi presa em flagrante pela Polícia Civil na terça por suspeita de vilipêndio de cadáver e furto, após ir a uma agência bancária em Bangu tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil com Paulo Roberto Braga, 68, seu parente.
Funcionários do banco desconfiaram de que o idoso estava morto, e agentes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) constataram o óbito. Braga estava sentado em uma cadeira de rodas.
A advogada Ana Carla de Souza Correa, que representa a defesa de Erika, afirmou na saída da audiência de custódia que vai pedir a revogação da prisão.
"Não é porque o caso nos causa estranheza ou clamor social que isso é suficiente para um tratamento diferenciado", afirmou a advogada. "Poderia ter sido aplicado a ela o artigo 318 do Código de Processo Penal por equiparação. Erika tem uma filha especial [com deficiência] e é a guardiã. A filha precisa dos cuidados dela", afirma Correa, citando a norma que estabelece condições para prisão domiciliar de mães ou responsáveis por crianças ou pessoas com deficiência.
Erika levou Braga duas vezes a um banco logo após ele ter alta hospitalar de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Bangu, na zona oeste do Rio, na segunda-feira (15).Segundo policiais que atuam no caso, no dia seguinte, ela o levou a outra agência, onde a gerente, após constatar que ele estava apático, acionou o Samu e a polícia.
Imagens obtidas pela polícia mostram Erika levando Paulo a um banco BMG, em Bangu, na segunda. De acordo com o prontuário médico, ele ficou dependente de oxigênio entro os dias 8 e 15 deste mês.
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