Professor Mateus Simões disse que um acordo teria sido feito para a devolução de R$ 100 milhões para os cofres públicos
Em meio ao pane em 54 elevadores da Cidade Administrativa de Minas Gerais e a interdição dos trabalhos dos servidores nos andares superiores, o Governo de Minas sustenta a tese de superfaturamento das obras e de desvio de verbas de gestões anteriores.
"Estamos indignados. Foi por desvio de dinheiro. Falta de cuidado dos gestores públicos do passado. Problemas impossíveis de serem detectados”, disse o vice-governador Mateus Simões em coletiva de imprensa nesta sexta-feira
De acordo com Simões, uma delação foi feita há dois anos indicando o superfaturamento e o desvio de recursospúblicos. O processo, segundo ele, está com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
O vice-governador pede por celeridade e cobra por punições aos envolvidos. “Queremos saber onde estavam esses servidores que deixaram essa obra ser aprovada”, disse Simões, sem citar quem seriam os investigados sob a justificativa de que a investigação ocorre em sigilo.
Procurado pela reportagem de O TEMPO, o MPMG ainda não se manifestou sobre a delação que indicou superfaturamento e desvios, e também sobre o acordo para devolução da verba. A matéria será atualizada com o posicionamento.
Mudanças
Na manhã desta sexta-feira (10), o vice-governador afirmou que o problema técnico dos elevadores da Cidade Administrativa de Minas Gerais não deverá ser solucionado até o fim deste ano. Os servidores irão trabalhar em home office por tempo indeterminado, e o layout dos prédios será reconfigurado para que os primeiros andares possam ser ocupados em atendimento ao público.
O expediente presencial para os servidores que atuam nos prédios Minas e Gerais da Cidade Administrativa foi suspenso a partir desta sexta. Uma perícia na estrutura foi realizada nesta quinta-feira (9). "Quase 8 mil pessoas trabalham na Cidade Administrativa todos os dias. Agora, quase 7 mil servidores irão ficar em casa por causa disso. Quem deveria ter se preocupado com isso, lá no passado, não se preocupou", desabafou.
Falhas nos elevadores
As falhas nos elevadores do Prédio Minas foram detectadas em novembro de 2023, durante a rotina de manutenção. Como medida de segurança, todos os elevadores sociais do prédio foram interditados, e os privativos foram disponibilizados para uso comum.
Para identificar a causa dos problemas, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag-MG) contratou uma empresa especializada para realizar uma perícia técnica.
O laudo, concluído em março de 2024, apontou que os pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores não foram chumbados conforme o projeto, resultando em um espaço vazio entre a viga de concreto armado e as chapas de fixação dos pilares, provocando um efeito "pino".
Fonte; O Tempo
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